30 agosto 2012

Um minimalista numa família nada minimalista


Continuando no tema do modo de vida minimalista, convenhamos desde já que este modo de vida é mais adequado ao estilo de vida do jovem solteirão sem grandes responsabilidades. Ou pelo menos, existe uma maior probabilidade de sucesso.

Quem já tenha visitado outros sites de minimalistas não pode ter deixado de perceber que muitos deles se encontram nessa situação. Mas não é o caso de todos. Alguns minimalistas, por exemplo o Josh, conseguem viver com sucesso um estilo de vida minimalista com a sua esposa e os seus filhos.


O meu caso é um pouco diferente. Quando começei esta aventura, a minha esposa não era adepta do minimalismo. Pelo contrário, era uma anti-minimalista, muito ligada as suas “coisas”, os seus objectos e os seus hábitos. Ainda hoje ela não é uma verdadeira fã do minimalismo, ainda que perceba que existem imensas vantagens e cada vez mais a veja a ganhar novos hábitos.

Convencer a minha esposa a abraçar este modo de vida foi dificil. Muito dificil. Experimentem pedir à vossa esposa para doar metade da roupa do armário porque nunca a usa. Pois.... o mais provavel é ela mandar-vos à m****. Outras mudanças aceitou bem. O corte de despesas tornou-se quase num jogo, a ver quem tinha melhores ideias para gastarmos menos.

Penso que o mais importante é não forçar ou impingir nada. Tento ser minimalista com as minhas coisas e com a minha vida, na esperança que quem me rodeia veja os benefícios e tenha vontade de experimentar na sua própria vida.
Passado dois anos, ainda estamos a meio do caminho. Encontrámos um equilibrio e aos poucos vamos descobrindo novas formas de viver melhor. A nossa casa, ainda que não se pareça em nada com uma casa minimalista, tem provavelmente apenas um terço da tralha que tinha anteriormente. O tempo que perdemos hoje em dia a limpar a casa é de apenas um par de horas por semana e pouco mais. Passámos a ter mais tempo para nós e com mais qualidade. Passámos a ser mais felizes.

Temos um filho pequeno que nasceu já durante esta aventura. De facto, nasceu em parte por causa desta aventura. Obviamente, o nosso filho escapa a este modo de vida. O quarto dele é uma explosão de brinquedos, cores, confusão e alegria. E o nosso cão, vive num mundo só dele.

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