23 setembro 2013

Um guarda-roupa minimalista

A um canto da casa está um cesto enorme de roupa para lavar. A roupa já não cabe no cesto e espalha-se pelo chão. Noutro canto, um cesto enorme de roupa para secar. Por cima da tampa do cesto empilha-se a roupa. Está roupa na corda a secar faz uns dias. Prêve-se um domingo de volta da roupa, em frente à televisão, a passar a ferro a tarde inteira, com o barulho da máquina de lavar no fundo. A ver se não chove.

Esta já não é a minha casa e os meus invernos já não são assim. Nunca tive muita roupa, mas quando abraçei com mais força o minimalismo, passei a ter quase só o essencial. Tenho cinco camisas que vou trocando diariamente com três calças. No Inverno juntam-se três camisolas e alguns casacos. Não tenho muito mais que isto.

Um guarda-roupa minimalista, que me dá pouco trabalho. Toda a roupa combina, por isso, nunca importa a cor das camisas, calças e camisola. Não passo meia-hora por semana à procura dos pares das meias. Todas as minhas meias são iguais. Quinze pares de meias castanhas, todas iguais. Tenho dois pares em preto para quando uso fato e dois pares para quando faço desporto.

Chateia-me o facto de ainda ter espalhado pelo guarda-fato alguma roupa que não uso mas que resisto a desfazer-me dela. Chateia-me um pouco menos o fato e gravata que me ocupa o guarda-fato à espera das duas raras vezes ao ano que é usado.

Menos tempo a tratar da roupa, mais tempo para o que é importante.

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