17 outubro 2012

Para uma maior frugalidade: pesquisar e comparar



No meu último post falei aqui sobre um dos hábitos que inclui na minha vida. Vou aqui falar um pouco do segundo hábito: pesquisar (e comparar)!Parece também muito óbvio, mas não é. Ou pelo menos, não era um hábito que seguia constantemente. Por natureza, a maioria das pessoas não pesquisa muito antes de tomar uma decisão. Quero comprar uma máquina fotográfica? Vou à loja, vejo os preços, escolho uma do preço médio e está comprado.

Compreendo que algumas pessoas prefiram esta liberdade de escolha sem pensar, mesmo que não façam o melhor negócio, mas agora que tenho este hábito já passei por várias situações em que a diferença de valores entre o melhor negócio e o negócio habitual é tão grande que já não consigo dispensar esta forma de pensar. Na verdade, nem com outras pessoas consigo largar este hábito.

Algum tempo atrás fui a casa da minha mãe, que estava com algumas problemas na ligação à Internet. Depois de percebermos que era um problema da operadora e de andar à procura da papelada para saber quem era o fornecedor, notei que a minha mão andava a desperdicar dinheiro, pelo simples facto de não pesquisar e comparar alternativas. Tinha três contractos diferentes: um para internet, outro para o telefone e um para a televisão, pelo qual pagava mais de 100 euros e sem grande qualidade. Não descansei enquanto ela não mudou para um pacote integrado, com melhor qualidade e por metade do preço.

Com a minha esposa também não consegui deixar de me intrometer. Alguns meses atrás decidou tirar a carta de condução. Ironicamente, na altura em que decidimos deixar de usar automóvel. De uma forma natural, ela foi ver um escola de condução nas redondezas e estava já para se inscrever quando insisti em pesquisar e comparar umas alternativas. Resultado? Acabou por ir tirar a carta para uma escola à mesma distância de casa, muito mais moderna e por menos 200 euros. Não foi preciso mais do que 5 minutos para descobrir o preço das escolas nas redondezas e poupou-se algum dinheiro.

Nem todas as pessoas estão abertas à mudança. Continuo sem grande sucesso a tentar fazer um familiar mudar de tarifário. Continua a usar um antigo tarifário profissional, pelo qual paga cerca de 50 euros por mês, mas nunca usa mais de 5 euros por mês. Ainda assim, perante evidências, recusa-se a mudar e eu não insisto.

Eu próprio sou teimoso em alguns pontos. Ainda existem imensas coisas que não comparo, especialmente, coisas pequenas. Não comparo onde é mais barato o pão ou o leito, pois acho que não se justifica (para mim, claro), mas em tudo o resto, raramente compro sem uma pesquisa e comparação de alguns minutos ou às vezes algumas horas.

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