17 outubro 2012

Para uma maior frugalidade: pesquisar e comparar



No meu último post falei aqui sobre um dos hábitos que inclui na minha vida. Vou aqui falar um pouco do segundo hábito: pesquisar (e comparar)!Parece também muito óbvio, mas não é. Ou pelo menos, não era um hábito que seguia constantemente. Por natureza, a maioria das pessoas não pesquisa muito antes de tomar uma decisão. Quero comprar uma máquina fotográfica? Vou à loja, vejo os preços, escolho uma do preço médio e está comprado.

Compreendo que algumas pessoas prefiram esta liberdade de escolha sem pensar, mesmo que não façam o melhor negócio, mas agora que tenho este hábito já passei por várias situações em que a diferença de valores entre o melhor negócio e o negócio habitual é tão grande que já não consigo dispensar esta forma de pensar. Na verdade, nem com outras pessoas consigo largar este hábito.

12 outubro 2012

Viver de forma frugal - uma questão hábito ?



Quanto mais vivo (e convivo) com a frugalidade, mais tenho a certeza que a frugalidade se atinge com um pouco de hábito. Não falo aqui de um hábito forçado, mas sim um hábito que está entranhado em nós, nas nossas acções e pensamentos.

Existem dois hábitos que adquiri e que já não dispenso. O primeiro hábito é fazer contas e o segundo hábito é pesquisar. Parece simples, certo ? Mas por estranho que pareça, não é algo que as pessoas façam habitualmente. Vou aqui falar deste meu primeiro hábito.

06 outubro 2012

Viver sem televisão


Existe uma forma fácil de ganhar mais horas no dia: desligar a televisão. Não será fácil, é certo, mas se pensarmos na falta de tempo que temos e nas horas que passamos por dia em frente à televisão, começamos a perceber que algo está errado.

Como qualquer pessoa, sempre vi muita televisão. Horas e horas por dia, muitas vezes em modo vegetativo. Torna-se um hábito e muitas vezes nem percebemos do número de horas que gastamos. Chegar a casa ao início da noite, liga-se a televisão enquanto se faz o jantar, vê-se televisão enquanto se janta, tratam-se dos afazeres enquanto se ouve a televisão e acaba-se a noite no sofá, à espera daquela série ou aquele filme. E lá se foram duas horas.

29 setembro 2012

Como se desfazer da tralha?


Depois de decidir a desfazer-me da tralha, foi necessário saber o que fazer com ela. Primeiro que tudo, seleccionar o que é tralha e o que não é tralha. No meu caso, como tinha acabado de realizar uma mudança tinha em mente o que tinha a mais e o que tinha em dose certa. Mas mesmo que não tivesse realizado a mudança, penso que dez minutos a passear pela casa seriam suficientes para perceber o que está a mais.

Tinha muita roupa que quase não usava, muita papelada, muitos livros, muita electrónica que não usava e no geral, algum lixo. Começei por desfazer de alguns objectos através da venda em sites de leilão. Já tinha por hábito usar vários sites desses para as minhas compras, mas desta vez experimentei o outro lado, enquanto vendedor.

23 setembro 2012

Uma vida sem tralha


Vivemos rodeados de coisas, de objectos, de porcarias que compramos, de coisas que nos dispersam, que nos distraem, objectos que não nos completam e nos afastam do que queremos.

Foi algo que sempre me fez muita confusão quando crescia. Via na minha familia e nos meus amigos situações que não faziam muito sentido. A Maria com os seus armários de loiças que nunca usa mas que perde o domingo inteiro a limpar. A Luísa, que têm uma sala de jantar que nunca usa. O João que guarda a papelada todas dos ultimos 20 anos, que nunca mais vai voltar a usar. A Madalena que tem um armário de roupa que não usa e não irá voltar a usar, mas passa a primeira semana de férias a lavar, engomar e arrumar tudo, nas suas limpezas de verão. E eu, que apesar de muito contido, acumulava objectos desnecessários.

30 agosto 2012

Um minimalista numa família nada minimalista


Continuando no tema do modo de vida minimalista, convenhamos desde já que este modo de vida é mais adequado ao estilo de vida do jovem solteirão sem grandes responsabilidades. Ou pelo menos, existe uma maior probabilidade de sucesso.

Quem já tenha visitado outros sites de minimalistas não pode ter deixado de perceber que muitos deles se encontram nessa situação. Mas não é o caso de todos. Alguns minimalistas, por exemplo o Josh, conseguem viver com sucesso um estilo de vida minimalista com a sua esposa e os seus filhos.

22 agosto 2012

O modo de vida minimalista


Existem várias noções do que é o estilo de vida minimalista. Não tem nada a ver com o movimento de arte minimalista, não é viver com o minimo possível ao estilo homem das cavernas nem é uma nova forma de pobreza.

O modo de vida minimalista é viver com o essencial, com o que é realmente necessário, de forma a dar espaço e tempo para aquilo que nos é realmente importante na vida.

11 agosto 2012

Poupar nos livros


Os livros tendem a ser uma parte delicada do corte de despesas e da arrumação da casa. Habituamo-nos a eles, a vê-los na estante, a comprar novos livros que aterram na mesa de cabeçeira ou andam connosco durante o dia, para matar tempos mortos.

Sabia que tinha de cortar algo nesta despesa também. Com pouco mais de apenas um livro por mês, estava a gastar cerca de 300 euros por ano em livros. E por mais que eu goste de os ler, existe qualquer coisa de pouco económico em gastar 20 euros num livro, para o ler num fim-de-semana e para todo o sempre ocupar um espaço numa prateleira ou armário do Ikea.

31 julho 2012

Pagas isso tudo para andar no ginásio?!



Outra despesa que facilmente cortei foi o ginásio. Esta foi aliás, a primeira despesa que cortei quando começei com esta aventura do minimalismo. Estava à cerca de dois anos a pagar perto de 100 euros por mês para ser membro de uma cadeia de ginásios. Creio que agora, em tempos de crise o valor seja bastante menor. E verdade seja dita, existem ginásios bem mais económicos.

Como é natural, esta era uma despesa grande da qual eu tinha conhecimento. Mas por se tratar de saúde, nunca fiz grande questão de cortar o mal pela raiz. Pelo menos, até começar a fazer contas. Como não tinha grandes disponibilidade para ir, as minhas visitas ao ginásio ocorriam na sua maioria ao fim de semana. Essa ocorrência rápidamente desceu para 1 vez por semana, ao sábado. Ou seja, cada ida ao ginásio custava-me em média 25 euros! Achei que era altura de cortar com esta despesa e deixei o ginásio. Desde então, tenho optado por outras opções mais económicas, desde o jogging na rua ao praticar ginástica dentro de casa.

27 julho 2012

O supermercado, esse poço de dinheiro e tempo



Se passa o Domingo de manhã num supermercado, talvez seja hora de mudar. Perder umas horas do dia, todos os fins-de-semana, para comprar umas dezenas de produto é um desperdicio de tempo.

Ao longo dos ultimos anos tentei ultrapassar esta problema de duas formas. A primeira táctica involvia ir ao supermercado à noite. Com a maioria dos supermercados a fechar às 23h ou mais tarde, nada como fazer compras próximo dessa hora. Prateleiras abastecidas, poucas pessoas e quase sem filas nas caixas. Ainda assim, esta não era a solução ideal.

26 julho 2012

Ainda sobre o almoço



Além de cortar a despesa de comer fora, fui alterando os meus hábitos da hora de almoço. Um pouco como num retrocesso ao passado, fui reduzindo o tempo perdido a comer na hora de almoço até ao ponto de não consumir tempo algum.

Em tempos antigos, a minha hora de almoço era muito ao estilo americano: uma sandes e pouco mais, por vezes em frente ao computador e normalmente sem perder mais de 15 minutos. Com o tempo fui adoptando o estilo mais português: almoço sentado de quase uma hora, prato completo, o habitual. Sem querer entrar na onda do que é mais ou menos saudavel, confesso logo à partida que os almoços sentados me cortam o ritmo. Voltar ao trabalho depois de uma uma hora de almoço é complicado e é uma hora que nem se descansa muito nem sem aproveita muito do ponto de vista profissional.

15 julho 2012

Comida fora de casa



Existe um truque facil para não gastar dinheiro fora de casa: não levar dinheiro para a rua.

Mas no dia-a-dia não funciona bem assim. Havia uma despesa que eu tinha a certeza que conseguia reduzir: comer fora de casa. Entenda-se aqui que não falo de jantares de fim-de-semana ou momentos de lazer à volta da mesa. Falo do dia-a-dia: os almoços rápidos, os cafés, os lanches, etc.

12 julho 2012

Cortar nas despesas



Depois de muitas contas e de tentar perceber quanto gastava normalmente, passei à fase seguinte: decidir onde cortar e quanto cortar.

Existem várias formas de seguir com esta etapa: podem decidir o valor mensal a que querem chegar, podem simplesmente cortar tudo o que não é essencial e ver qual o valor com que têm de viver ou podem fazer alguma ginástica financeira mais elaborada (por exemplo, renegociar créditos).

10 julho 2012

Contas, contas e mais contas




Para tentar perceber quanto gastava nas despesas mensais passei um mês a contabilizar o quanto gastava ao cêntimo. Para quem pensa em fazer o mesmo, através de uma simples pesquisa encontram várias páginas que abordam o assunto, umas de forma mais simples e outras de forma mais complexa.

Eu já usei várias formas de contabilizar as despesas pontuais e acho que nada é tão prático como uma simples folha de papel. Uma folha de papel colocada num sitio visivel da casa, como a cozinha, por exemplo. E uma caneta agarrada à folha. Parece dificil de acreditar mas este é de longe a melhor forma, especialmente quando o fazem em conjunto com alguém e assumindo que o iremos fazer por um mês. Podem usar o Excel, software especializado, apps, aplicações de Internet ou outras formas, mas se querem um método que simples, para várias pessoas, sem esquecimentos: folha de papel no frigorifico (sou um radicalista da vida sem papel, portanto, não é de forma facil que faço esta sugestão).

08 julho 2012

Mas afinal, qual é o minimo para viver ?


Já estive em vários empregos, o que significa que já passei várias vezes por aquele momento em que de olhos ligeiramente desviados para o lado dizemos a alguém “vou-me embora”. Aos 18 anos não há muito a pensar. Pelos 30, já fazemos muitas contas. Existe uma casa para pagar, um carro para pagar, mais mil coisas para pagar. O que é essencial ? Quanto é que gasto em cada coisa? O que é que posso cortar ? O mais importante: qual é o minimo que preciso para viver ?

A pergunta que me ficou mais na cabeça foi: “Mas por que raio não sei isto de cabeça? Afinal de contas, eu sou um tipo organizado e poupado!”. Na minha cabeça este pensamento envolvia algumas asneiras, mas poupo-vos disso.

07 julho 2012

Com que então, pensas que és poupadinho ?



Eu sempre pensei em mim como uma pessoa poupadinha (termo muito português, é certo). Penso que é uma ideia geral que todos temos de nós próprios. Mas a verdade é que muitas vezes não fazemos as melhores opções financeiras. O mesmo se passa com as nossas opções de vida. Sabemos que o que mais queremos é ter tempo para viver a vida, com a nossa familia, com os nossos amigos, mas acabamos por viver uma vida de trabalho e mais trabalho, para comprar uma casa maior, um carro maior, tudo melhor, quando a maior felicidade é feita de momentos simples. E agora, já pareço um hippie a falar ?

Em 2010 mudei de carreira. Uma opção com um impacto grande na minha vida e com um impacto imediato na minha carteira. O modo de vida minimalista deixou de ser uma vontade para passar a ser uma necessidade. Foi com a necessidade de ter de cortar despesas que me apercebi que estava de longe de ser poupadinho.

06 julho 2012

O ovo e a galinha




A ideia de escrever aqui não é matar ninguém de tédio, por isso, não existem por aqui muitas explicações do que é a frugalidade, o que é o modo de vida minimalista ou outras definições que podem encontrar num dicionário ou numa pesquisa na Internet. A ideia é partilhar as experiências vividas neste caminho do minimalismo e da frugalidade.

Não sou um hippie nem nunca cheguei a ser yuppie, sou um tipo normal, seja isso o que for. Em 2010 apercebi-me que as longas horas de trabalho, os serões pela noite dentro e os fins-de-semana a trabalhar apenas serviam para comprar coisas que na verdade não precisava e afastava-me cada vez mais daquilo que esperava da vida. Decidi mudar de vida, aprender a viver com menos e a dedicar-me ao que é mais importante. Estas são as histórias desse caminho.

05 julho 2012

O que é isto ?


O que é isto ? Pequenas histórias de quem decidiu começar a viver com menos e adoptou um pouco de minimalismo, frugalidade e simplicidade na sua vida. Quem sou eu ? Um tipo de Lisboa, nos seus trinta, com uma esposa, um filho pequeno e um cão dorminhoco. Se tiverem sugestões, podem contactar-me em viver.mais.com.menos@gmail.com.